Conheça as inspirações da La Violetera
Você já deve ter reparado que nas embalagens da La Violetera há o desenho de uma mulher, que chamamos de Sarita. Mas você sabia que a personagem foi inspirada em uma pessoa de verdade? Quem serviu de referência foi a atriz e cantora espanhola Sara Montiel, que em 1958 estrelou um filme intitulado La Violetera. Ficou curioso? Confira no post quem foi essa mulher talentosa, que saiu da Espanha para conquistar as telonas de Hollywood! Biografia Seu nome é, na realidade, María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández.
Ela nasceu em Campo de Criptana — cidade a 170 km de Madrid — em março de 1928. De origem humilde, seus pais eram lavradores e viviam da agricultura. Mas desde muito nova, María Antonia se destacava pela beleza e dotes artísticos, o que impressionou um grande agricultor da região, Don Vicente Casanova. Ele a viu cantar em uma procissão da Semana Santa e proporcionou um treinamento básico de declamação e canto para ela. Seu primeiro filme foi Te Quiero para Mi (1944), onde teve uma pequena participação como coadjuvante.
A primeira aparição cinematográfica de relevância que teve foi em Locura de Amor, de 1949, época em que já usava o nome artístico Sara Montiel. Ela subiu ao altar 3 vezes. Primeiro, com o diretor Antony Mann, com quem se casou em 1957 e de quem se divorciou em 1963. Seu segundo marido foi o industrial Vicente Ramírez Olalla. A cerimônia foi realizada em Roma, contudo a união durou apenas dois meses. Mas o grande amor de sua vida foi o jornalista e empresário Mallorca Pepe Tous, com quem se casou depois de 10 anos de vida em conjunto. Eles adotaram duas crianças, sendo que uma delas era uma menina brasileira, nascida no Paraná. Durante sua vida, manteve amizade com nomes como Marlon Brando, James Dean, Ernest Hemingway, o poeta espanhol León Felipe — para quem foi musa e inspiração — e Gary Cooper, com quem teve um romance.
A atriz faleceu em Madrid, em abril de 2013, aos 85 anos, em decorrência de uma insuficiência cardíaca. Carreira Foi graças a Locura de Amor que ela alcançou o estrelato, chamando atenção da indústria hispânica mais relevante da época: o México. Imediatamente Sara se tornou uma das estrelas do momento, atraindo os olhos de Hollywood. Sua primeira interpretação americana foi em Vera Cruz (1954), western que a colocou ao lado de um dos grandes nomes do cinema, Gary Cooper. Com o longa, Sara atingiu níveis de popularidade jamais conquistados por uma atriz hispânica até então. Depois de Vera Cruz, ela aparece em Serenade (1956), em cujas rodagens conheceu seu primeiro marido, o diretor Antony Mann.
Entre os anos 50 e 60, ela firmou um contrato milionário para realizar filmes europeus e se tornou a maior atriz hispânica da época. Como cantora, atingiu o sucesso especialmente ao trazer de volta a moda do cuplé, pois seu estilo de cantar era insinuante e sensual. Boleros, como Contigo Aprendi e Besame Mucho deram a volta ao mundo com sua voz. La Violetera Um dos seus grandes sucessos foi o longa La Violetera, de 1958.
Ambientado na Madrid do início do Século XX, Soledad (Sara Montiel) é uma vendedora de violetas que trabalha nas ruas da cidade e conhece o aristocrata Fernando (Raf Vallone). O casal se apaixona, mas a diferença social ameaça o romance. Abandonando todas as convenções sociais e escandalizando a alta sociedade, Fernando instala Soledad em um apartamento e anuncia o noivado. No entanto, quando o irmão dele morre em uma tentativa de “salvar” a honra da família, Fernando decide terminar o romance.
Abandonada, Soledad começa uma pobre trajetória de cantora. Algum tempo depois, ela conhece o produtor francês Genri (Frank Villard). Que a leva para a França, onde conquista uma carreira de sucesso. Com o passar dos anos, Soledad e Fernando se casam com outras pessoas, mas nunca conseguem se esquecer um do outro. O musical inclui sucessos como Es mi Hombre, La Violetera e Tus Ojitos Negros e foi um dos responsáveis por alavancar a carreira internacional da atriz.